Depois do dia de passeios voltamos aos deslocamentos. Agora
miramos as montanhas dos Andes. Mas ainda teremos 2 dias pelo litoral.
Pela falta de grandes cidades, o dia seria divido em 2.
Saindo de Trelew o GPS já dava a dica: Siga por 367 quilômetros. Absolutamente
nenhuma cidade no caminho. Passamos por 2 postos de combustível, mas fora isso
só a companhia do vento incessante.
O vento incessante também veio acompanhado da mudança de
paisagem. As subidas e descidas continuaram, mas dessa vez vieram acompanhadas
de curvas. Planaltos nos davam a visão de grandes planícies em um conjunto que
lembra as grandes chapadas. O capim correndo pela paisagem junto com animais
soltos pelas margens diferenciavam esse local de todos por onde passamos.
Antes de completarmos esses 367 quilômetros nos encontrávamos
à mais de 600 metros de altitude. Agora uma serra de 12 quilômetros de extensão
para nos levar ao nível do mar. E à ele propriamente dito. Comodoro Rivadavia –
nossa opção de parada – é uma cidade portuária.
Aqui uma dificuldade, dessa vez com o câmbio. A idéia era
trocar parte dos reais por pesos. Porém esquecemos que na Argentina a
quinta-feira santa também é feriado. Cambio, só segunda...
Em uma viagem dessa é bom conhecer o carro, e principalmente
controlar o consumo. O Diesel da Argentina rende bem menos que o brasileiro.
Existe o Diesel “melhor”, mas a partir do momento que resolvemos testá-lo
paramos de encontrar postos com ele. Estávamos preparados, ainda bem.
Ainda durante a tarde chegamos ao nosso destino: Puerto San
Julian. A cidade foi escolhida porque seria muito seguir até Rio Gallegos em um
dia. Porém, pelo menos para mim, foi uma surpresa agradável.
A cidade é minúscula. Sites indicam que tenha 7000
habitantes. Porém tem uma estrutura muito boa para uma cidade tão pequena,
contando com vários hotéis (dos econômicos aos melhores), restaurantes e lojas.
Infelizmente parte dessa estrutura estava fechada por conta do fim da temporada
patagônica. Precisaríamos ter chegado umas 2 semanas antes.
Após o passeio no centro histórico e algumas compras de mantimentos nos trancamos no hotel. Fugimos dos 10 graus às 18:00 e transformamos o quarto em um camping, tomando vinho (e whisky) acompanhando um macarrão.
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