terça-feira, 17 de abril de 2012

16/04/2012 - Pucón

Mais um dia sem muita agenda. Isso é muito importante em uma viagem tão longa e com tantas atividades desgastantes. Ainda mais que viemos à Pucón para fazer a subida do vulcão Villarica. O céu estava bem nublado, e nessas condições não haveria passeio. Foi nessa subida que há pouco mais de um mês e meio ocorreram 2 acidentes fatais, um deles envolvendo um brasileiro.

Os Campreghers foram resolver o problema da multa em Villarica e eu e o Alexandre ficamos com a missão de verificar os pacotes. Estamos em um apart com cozinha completa e sem café da manhã. A opção do dia foi comer em um restaurante do outro lado da rua do hotel, omelete de um lado da mesa, granola e iogurte da outra.

Diferente do Big Ice, em Pucón várias agências oferecem esse passeio. Optamos por não entrar nelas, mas verificar as que pareciam ser melhores. É verdade que quem vê cara não vê coração, mas se o pessoal não se preocupa nem com a apresentação da agência que podemos esperar do passeio?

Em uma segunda passada verificaríamos preços e demais condições, mas algo apareceu no caminho: o supermercado. Para mim não era novidade, mas para um ávido consumidor de vinho como o Alexandre era: vinho no Chile é muito barato. Ajuda o fato de não pagarmos o frete e da carga tributária ser bem menor. Aliás, a maioria dos produtos é mais barata que no Brasil, claro que não os produtos brasileiros. A 51 ostentava uma plaquinha com o valor de 4000 pesos chilenos, algo como 20 reais.

Voltando aos vinhos, O consumo no Chile é tão grande que algumas marcas conceituadas vendem vinho em embalagem longa vida e em garrafas de um litro e meio. Um exemplo é o vinho da Concha y Toro, cuja garrafa de um litro e meio sai por 2000 pesos. Menos de 10 reais, ou 5 reais por "garrafa", contra os 16 à 20 no Brasil.

Ao levar as compras de volta para o hotel nos encontramos com nossos companheiros. Dessa forma fomos todos juntos às agências. Os pacotes incluem basicamente a mesma coisa - transporte, equipamentos, guias - e a qualidade deve estar bem similar depois dos acidentes. O parque endureceu as regras depois disso.

O que varia é o preço, que pode ir de 30.000 pesos "en efectivo" até mais de 40.000 pesos. Depois de nos informar em 3 agências pudemos nos preparar para conversar com o dono da agência que fica no mesmo prédio do albergue onde o Victor estava hospedado.

Eu gosto de agências associadas aos albergues da juventude. Albergues dependem de reputação para continuar atraindo, principalmente, estrangeiros e as agências que fecham com eles vão na mesma linha. Em geral não é furada. O rapaz ainda conversou bastante com a gente, o que nos deixou bem tranquilos. Falou inclusive sobre o acidente, e no dia seguinte não teríamos um cenário sequer parecido.

Como a prova de equipamento só seria às 20:00, aproveitamos o tempo livre para conhecer um pouco mais de Pucón. Isso ocorreu somente depois do almoço preparado pela Dolores, que embora esteja viajando não perdeu a oportunidade de usar tudo que a cozinha do Apart tinha a oferecer.

Pucón não é uma cidade muito grande, e já circulamos por boa parte dela ao correr pelas agências. Faltou ver o lago. Pucón é muito frequentada no verão, onde vira um balneário, e no inverno, onde é base para estações de esqui. Na meia estação os barcos estão paradas e ele serve mais de passeio à população local.

Só faltava conhecer o cassino! Foram 4.000 (pesos chilenos) perdidos em um cassino pequeno e quase sem movimento por conta da baixa temporada.

A noite não foi esticada. Depois da prova de roupa passamos mais uma vez no mercado, dessa vez para montar o café da manhã e o lanche de trilha. Já havíamos lido que a subida era puxada e o pessoal da agência nos alertou muitas vezes sobre isso. Nada de noitada, mas sim descanso...

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