domingo, 15 de abril de 2012

13/04/2012 - De Bariloche à San Martín de Los Andes

Primeiramente, gostaria de dizer que as impressões abaixo são sobre o CENTRO de Bariloche. Espero não desestimular ninguém a viajar pra cá... A viagem vale a pena, só estejam preparados para se hospedar na cidade ou escolham lugares mais afastados... Vamos à postagem!

Chegamos à Bariloche na véspera, mas devido aos problemas com o meu carro já estava escuro. Ainda assim deu para ver bem a periferia da cidade. "Pô meu, porque a gente veio para São Vicente?", perguntava o Helber ao emparelhar com o meu carro. Que preconceito...

O hotel também não ajudou na primeira impressão da cidade. O King´s já viveu seus tempos de glória, as fotos no site foram muito bem montadas. Pelo preço já daria para desconfiar disso, mas os comentários no decolar.com não desabonavam o hotel. A orientação do pessoal do hotel para não andar além da igreja de noite, pois era perigoso, não ajudou. As cidades tranquilas ficaram para trás. Enfim, para eu e o Alexandre era por uma noite apenas, suave...

Apesar da impressão negativa da cidade na véspera, deixei para firmar a impressão no dia de hoje, o que não ajudou muito. Tenho certeza de que andar paralelo ao lago Nahuel Huapi e ver os cerros ao redor cheio de neve deve ser fantástico! Mas a cidade em si deixa muito a dever. Bariloche é a maior cidade da região, e sofre as mazelas de um crescimento desordenado. Seu centro não tem o glamour que esperávamos. Os prédios se amontoam, com lojas vendendo bugigangas de todo o tipo no meio daquelas preparadas para receber os turistas. Como andamos por lá na hora do almoço, em toda esquina éramos abordados por alguém oferecendo desconto em algum restaurante.

Essa impressão negativa, no entanto, se desfez enquanto nos afastamos do centro. Na véspera entramos na cidade pelo caminho do GPS, que é o mais curto para quem vem do Sul. Nosso destino nos fez sair pelo caminho oficial, o do aeroporto e do povo que vem de carro de Buenos Aires. Esse caminho é bem mais ajeitado que a periferia da véspera, lembrando-me os conjuntos do Singapura em Sampa, que escondem o que restou da favela logo atrás. Não fizemos os passeios oferecidos pela cidade, mas conversei com o Helber e ele me disse que o passeio ao Cerro Catedral leva àquela Bariloche vendida pelos anúncios, com grandes resorts ao redor de lagos fantásticos.

Fomos no caminho oposto ao Cerro Catedral, dando a volta no lago Nahuel Huapi. Esse lago é gigantesco e a estrada é bem antiga, seguindo as curvas do morro. Foi mais de uma hora de contemplação de paisagens deslumbrantes. A estrada finalmente nos levou a Villa la Angostura, um lugar bem simpático, entre as montanhas e o lago Nahuel Huapi. Somente saindo da cidade de Bariloche percebemos o que traz as pessoas à essa região. Minha sugestão para quem viaja para cá é tentar ficar em El Bolsón (onde passamos na véspera), em Bariloche próximo ao Cerro Catedral, em Villa la Angostura ou até em San Martín de Los Andes.

Saindo de Villa la Angostura ainda tínhamos um bom caminho pela frente. Nos distanciamos do lago e entramos no Parque Nacional Lanin. A estrada asfaltada logo se tornou em uma estrada de rípio, mas em ótimas condições. Como a estrada está em um parque, a vegetação é densa e sempre passávamos por riachos ou próximos à outros lagos menores.

Tínhamos uma grande expectativa em relação à San Martin de Los Andes. A estrada passou a contornar o lago Lácar enquanto nos aproximávamos da cidade. A estrada descendente virou um mirante. San Martín era maior do que imaginava, mas ainda assim parecia ser uma cidade pacata, o que foi confirmado enquanto andávamos por suas ruas tranquilas.

Nos acomodamos na Hosteria las Walkirias, uma das melhores hospedagens da viagem, e fomos ao Dublin pub, local onde o Patagonia Run se encerra. San Martin de los Andes entrou no nosso roteiro por conta dessa corrida. O Alexandre ficou na "Trucha" para se preparar para a prova, mas eu pude colocar mais um bife de chorizo na lista, já que o meu Sábado seria livre.

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