sábado, 21 de abril de 2012

19/04/2012 – De Santa Rosa à Santa Fe


Essa viagem exigiu meses de preparação. Além das atrações turísticas, tivemos uma preocupação muito grande com os deslocamentos. As distâncias eram muito grandes e tudo tinha que estar sob controle. Para as paradas em cidades que não incluíam passeios optamos por cidades maiores, pensando na facilidade de serviços, principalmente hotéis.

Essa opção fez com que o trajeto ficasse um pouco desbalanceado. Esse dia teria uma deslocamento pequeno – menos de 800Km – em relação à véspera e ao próximo dia – mais de 1100Km em cada um. Boa oportunidade para escrever o blog e descansar. Bem, descansar ganhou. Por mais que eu quisesse escrever sobre a subida no Villarica, descansar dessa subida era mais urgente.

Foi um dos poucos hotéis onde o café já estava sendo servido quando chegamos. Estômago abastecido, tanque cheio, pneus calibrador com o “inflador de aire” assassino (o sistema retrátil engoliu a mangueira, espero que ninguém precise calibrar o pneu tão cedo), de volta à estrada.

Mesmo em um dia puro de estrada, cada dia tem suas peculiaridades. Na Ruta 5 voltamos a ter plantações em ambos os lados da pista. Também voltamos a ver caminhões com placa do Brasil, numa clara indicação de que estávamos viajando em direção à casa.

Voltamos à Ruta 33 na altura de Tranque Lauquen. Parte do dia de hoje repete parte do terceiro dia de viagem, passando por áreas alagadiças com bastante plantações. Pelo horário paramos em Venado Tuerto ao invés de Tranque Lauquen. Mais uma vez optamos pela maior cidade da região em que estaríamos perto da hora do almoço e nos demos bem.

Venado Tuerto é uma cidade pequena, aparentemente vive da agricultura. Ainda assim tem um centro bem organizado, com muitas lojas. Apesar de tudo fechar para almoço e siesta – como é tradição nas cidades menores da Argentina e do Chile – achamos um bom lugar para almoçar: um pub irlandês. Último almoço na Argentina, nos despedimos dos pratos de carnes generosas, guarnições nem tanto.

O caminho para Santa Fe deveria ser bem rápido, a Ruta 33 era bem tranquila. Bom, o tempo verbal não está correto. A Ruta 33 foi bem tranquila na ida. Mas era um feriado. Numa quinta-feira útil o movimento de caminhões parecia estar a toda. Juntando isso com várias obras de recapeamento a nossa previsão de chegada em Santa Fe furaria em uma hora. Ou até mais, pois os congestionamentos não acabavam até quase 160Km antes de Santa Fe.

Foi quando chegamos à Auto-Pista 1, que liga Rosario à Santa Fe. Na autopista estávamos autorizados a desenvolver até 130Km/h e não encontramos trânsito. Claro que mesmo mantendo essa velocidade vez ou outra uma piscada de farol nos pedia passagem. Apesar de conseguirmos avançar bem, a auto-pista em si decepcionou. Só tem 2 faixas, com bastante ondulação na pista e muito remendo. Foi pouco mais de 1 hora sacolejando a mais de 130Km/h, parando nas 2 praças de pedágio no meio do percurso.

A cidade de Santa Fe nos deu uma impressão bem melhor do que Rosario. Ainda assim não é um centro turístico para onde devamos voltar. Procurar pouco foi difícil. Os hotéis nos lugares mais bonitos pediam valores fora do orçamento esperado para uma boa cama, chuveiro e só. Fomos nos afastando dos lugares mais bonitos em direção ao centro. Ainda assim Santa Fe não é uma cidade mal cuidada. Conseguimos achar um hotel que atendesse todas as restrições (cocheira, Wi-fi no quarto, café da manhã, quarto razoável e um preço bom). Acomodados, partimos para as últimas compras de supermercado em solo argentino. Vai demorar para pegarmos vinhos e alfajores tão baratos nas gôndolas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário